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TANQUES
O complexo fabril divide-se em duas áreas distintas, uma destinada à produção do gelo então denominado como caramelo e a outra, distando desta para Sul cerca de 100 metros, à sua preparação, armazenamento e conservação. A primeira área é atualmente constituída por dois poços para captação da água, uma casa onde eram acionadas as noras e que servia de armazém, um tanque principal para recepção da água e 44 tanques rasos onde era realizada a congelação da mesma.
Os tanques rasos foram construídos num desnível suave em três patamares, comunicando entre si por pequenas aberturas de secção rectangular situadas a 10 cm do fundo, de modo a permitir a acumulação da água até esta altura, estando separados entre si por passagens lajeadas, a fim de permitir o acesso fácil a todos eles.
O seu enchimento revela uma técnica apurada: em primeiro lugar procedia-se ao enchimento do tanque principal até ao nível marcado com argamassa cor de rosa medida que pode ser observada neste tanque e que correspondia à capacidade de água necessária para o enchimento dos tanques rasos, seguindo-se então o escoamento da água para estes mesmos tanques rasos.
A segunda área era destinada à preparação, armazenamento, conservação, preparação e embalamento do gelo, sendo constituída por um edifício apresentando fachada de decoração sóbria ao gosto do século XVIII, dois silos para armazenamento e conservação do gelo e um outro para despacho do gelo já embalado. O edifício dos silos possui duas portas de acesso. Sobre a porta principal existia uma placa em pedra gravada que registava a compra e a reedificação da fábrica pelo neveiro da Casa Real, Julião Pereira de Castro, em 31 de Janeiro de 1782. Na parte superior da fachada, num pequeno nicho, existiu uma imagem, provavelmente de Santo António das Neves.
O pavimento do piso térreo é constituído por lajes calcárias, com inclinação para o centro de modo a permitir o escoamento da água proveniente do derretimento do gelo aquando da sua preparação em blocos. Em intervalos regulares possui pequenas covas de formato rectangular, o que sugere o encaixe dos pés de uma bancada onde os fragmentos de gelo eram compactados para formar blocos que posteriormente seriam armazenados e conservados nos silos. O edifício tinha ainda um piso superior, comprovado pelo facto de existirem encaixes de vigas, cachorros e um arco em tijoleira, actualmente destruído.
Os dois silos para armazenamento do gelo são muito diferentes entre si. O primeiro apresenta formato cilíndrico, com 9,40 metros de profundidade por 7,20 metros de diâmetro. O acesso ao interior fazia-se por duas portas, sendo a do lado Este, dupla. O fundo é lajeado e tem, em intervalos regulares de cerca de um metro, pedras calcárias com formato paralelipipédico com cerca de 30 cm de altura que serviriam para assentamento de um estrado de madeira sobre o qual era colocado o gelo, evitando assim o contacto com a água que derretia e escorria para o fundo do poço.
Através de uma abertura triangular esta era escoada para o exterior. Esta pequena passagem encontra-se obstruída a cerca de um metro por grande quantidade de pequenas pedras que permitiam a infiltração da água mas impediam a circulação do ar no silo. Este silo possui ainda, ao nível do arranque da abóbada, uma janela que servia para escoamento do ar quente que se acumulava no seu interior durante os trabalhos.
O segundo silo, de formato rectangular, tem 4 metros de profundidade por 4 de largura e 6 de comprimento. O fundo é lajeado, como o primeiro, possuindo também as pedras de assentamento do estrado e abertura para escoamento da água.
O terceiro silo tem formato também rectangular e apresenta dimensões semelhantes ao anterior. Está construído exteriormente ao edifício; possui uma das portas a comunicar directamente com o exterior; não possuí fundo lajeado ou blocos de pedra para assentamento do estrado nem abertura para o escoamento da água.
A sua função consistia no armazenamento dos blocos de gelo já processados e prontos a carregar no dorso dos animais de transporte. Este silo apresenta na abóbada, escrito na argamassa de revestimento das tijoleiras, a data de 1856. Todos estes silos possuem abóbadas em tijoleira e, sobre as portas, ganchos de ferro para suspensão de roldanas. Os silos de formato rectangular encontram-se adossados ao silo principal, sendo portanto de construção posterior.
O forno de cal, situado a Oeste deste complexo, terá sido construído para fornecer a cal com que eram feitas as argamassas que permitiram a construção do complexo, bem como para a caiação do interior dos silos, como medida de higiene.
TEXTO EXTRAÍDO DA WIKIPÉDIA
CONHEÇA OS MOINHOS DA SERRA DE MONTEJUNTO
AQUI PODE CONHECER A SERRA EM VIDEO
ESCALADA EM MONTEJUNTO
Montejunto é uma das zonas montanhosas do nosso país com influência na separação de climas. Daí ser raro encontrar Montejunto sem nevoeiro.
A escalada em Montejunto não é autorizada entre os meses de Janeiro e 1 de Agosto, porque faz parte de uma zona de protecção de nidificação de aves de rapina.
Em 1 de Agosto já se pode começar a escalar
COMO IR PARA A SERRA DE MONTEJUNTO
MAIS IMAGENS DA SERRA DE MONTEJUNTO
AS RUÍNAS
AS RUÍNAS DO INACABADO CONVENTO DA REFORMA DE MONTEJUNTO
Uma história envolta em grande mistério
O Convento da Reforma de Montejunto, cujas ruínas de sólidas paredes mestras se encontram no cume da Serra de Montejunto, teria a sua construção sido iniciada por volta de 1760.
Parece que não foi concluído, por a Reforma dos Dominicanos não ter ido avante, e por isso, deixar de ter justificação, para a qual seria esse Convento utilizado. São os restos de uma edificação sólida situada próximo, para poente, da Ermida de S. João. Estas ruínas não se devem confundir com outras que estão na rectaguarda da Capela de Nª Sª das Neves.
Ambas são de Conventos da Ordem dos Dominicanos. O primeiro foi efectivamente construído, e julgamos perfeitamente acabado, no século XIII, entre 1217 e 1220, quando o frade português Frei Soeiro Gomes, aqui se fixou. O reino, nessa época, sofria de interdição para concessão de terras às Ordens Religiosas, pelo conflito que existia entre o Rei D. Afonso II e as suas irmãs D. Sancha e D. Teresa.
Os dominicanos eram pregadores, e não eremitas; por isso a sua vocação era estarem junto das comunidades e não num lugar tão inóspito e desertificado, como é o topo da Serra de Montejunto. Estiveram aqui, provisóriamente, até lhes serem dadas terras perto de Santarém para a construção do seu Convento.
Mas, foi, este que edificaram atrás da Capela de Nª Sª das Neves, o primeiro Convento dos Dominicanos construído em Portugal. Mas não é deste Convento que tratamos neste nosso estudo. É sim daquele que eles tomaram a obras mas que não concluíram, depois de voltarem para esta Serra, passados 500 anos.
Desta vez, veio Frei Manuel d' Assunção, que com a sua equipa pensou estabelecer uma profunda Reforma da sua Ordem, seguindo e cumprindo com mais rigor os preceitos do fundador, S. Domingos de Gusmão.
Os Dominicanos em comunidade com os Trinitários os da Santíssima Trindade e com os Franciscanos, formavam o conjunto das Ordens dos mendicantes.
Em Lisboa existia nessa época 1700 um Convento da Ordem de S. Domingos, da invocação do Santíssimo Sacramento. Há autores que dizem que este Frei Manuel d' Assunção veio para Montejunto no princípio do século XVIII, mas outros ou até os mesmos referem que a Reforma começou a ser estudada entre 1760 e 1765.
Alguma discrepância há, ou então a sua implementação já se deu nas mãos de seus sucessores. O que é curioso observar, é que os trabalhos desta Reforma, que daria o nome a este Convento se fosse concluído, coincide com o período tumultuoso da expulsão dos jesuítas de Portugal, pelo Marquês de Pombal.
O Rei D. José I, foi alvo de atentado em 3 de Setembro de 1758, três anos depois de ter ocorrido a catástrofe do terramoto, e Lisboa andar a ser reconstruída. Sebastião José de Carvalho e Melo, que ainda não era marquês, nem sequer conde, investigou os culpados e sempre suspeitou, com ou sem razão, dos jesuítas como instigadores.
Os culpados encontrados foram os Távoras marquês, marquesa, dois filhos; o genro, conde de Atouguia; o duque de Aveiro e mais quatro plebeus. O Rei recompensou o seu super-ministro com o título de Conde de Oeiras, em 6 de Junho de 1759 e no ano seguinte foi-lhe atribuído o título de marquês de Pombal.
Este Senhor via com enorme preocupação o poder crescente dos jesuítas em Portugal e em especial no Brasil. Inspirado pela monarquia francesa, de Luis XIV, com a qual contactou de perto quando esteve em França, o marquês veio a instituir pessoalmente um poder absoluto sem limites e sem reservas do próprio Rei D. José.
A Companhia de Jesus os jesuítas, gozava de um enorme prestígio, não só pelo seu já desmesurado poder económico na exploração de grandes propriedades no Brasil, mas pelo nível de qualidade e grandeza com que administravam colégios, frequentados pelas melhores e mais ricas famílias de Portugal.
Além disso os jesuítas eram também, os confessores do Rei. Uma das medidas de intervenção indirecta que o marquês de Pombal teve contra o poder económico dos jesuítas foi, mandar formar monopólios de producão e distribuição de produtos.
Aconteceu com a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, no Brasil e com a Companhia das Vinhas do Douro, em Portugal. Depois converteu a Inquisição, onde os jesuítas eram os chefes superiores, em Tribunal de Realeza.
Sem possuir provas do envolvimento dos jesuítas no atentado de D. José, mas por que porventura lhe terá chegado aos ouvidos, que era pronunciada nos sermões de alguns jesuítas a ameaça de mais catástrofes divinas, a seguir ao terramoto de 1755, o padre Gabriel Malagrida morreu na fogueira sob a acusação de ter participado na conjura dos Távoras.
Talvez o desespero dos jesuitas levasse a procurar apoio de outras Ordens, por exemplo da dos Dominicanos, e estes pensassem por força das tenebrosas ameaças de perseguição, tocar à união e ao recolher, para estudar uma Reforma de mais aspereza, humildade e pobreza, nos seus actos, situação que imaginamos e da qual mais à frente trataremos.
Há ainda um outro facto de grande impacto político e militar; foi a eclosão da guerra dos sete anos, por esta época e na qual Portugal se viu obrigado a cair ou a participar, quase já no final da mesma, em 1762, mas que fez devastar o país com mortes, saques, incêndios e miséria.
Formara-se um bloco entre a França, Rússia e França a que se associou depois a Espanha, com o pacto de Família que Luís XV fez com esta para disputar à Inglaterra associada com a Prússia o domínio do comércio mundial que os ingleses vinham detendo em crescendo.
A França propôs a Portugal este pacto de Família mas o Rei D. José respondeu que não via justificação em colocar-se em confronto com a Inglaterra, velha aliada. Portugal foi invadido no 1º do Maio de 1762, pela zona do Douro, mas Vila Nova de Foz Côa ofereceu a resistência necessária para que as forças franco-espanholas levantassem o cerco; o mesmo já não veio a suceder em Castelo Rodrigo e Almeida que em Julho desse ano foram tomadas sem dificuldade.
O Rei D. José I comunica ao Provincial da Ordem da Santíssima Trindade a necessidade de os conventos alojar as tropas , pois não seria possível em estado crítico de guerra manter-se as isenções das ordens religiosas.
A Portugal chega, entretanto o general inglês conde Guilherme de Chambourg e Lippe que foi decisivo na condução do nosso exército, colocando o seu quartel-general em Abrantes, para defesa da linha do Tejo.
Mas, felizmente, a 30 de Novembro desse mesmo ano foi assinado um armistício entre o conde de Aranda, comandante das forças espanholas e o conde de Lippe, e por fim a paz veio a ser assinada em Versailhes, em Fevereiro de 1763.
Neste lamentável estado de profunda convulsão, por um lado a guerra e por outro a perseguição implacável aos jesuítas, é muito provável, que as Ordens Religiosas, e neste caso os Dominicanos sentissem a necessidade de refugiarem-se na serra de Montejunto, num convento que já 500 anos antes tinha sido morada deles; estudariam em recolhimento a crise política e religiosa, que eram os sinais evidentes dessa época; até porque também o marquês de Pombal tinha rompido as relações com a Santa Sé nesse período de 1760 e 1770, e instituído a censura religiosa.
Os Dominicanos que se alinhavam com os da Santíssima Trindade e os do Santíssimo Sacramento, teriam sentido a necessidade de com urgência constituir uma Reforma Religiosa, nos seus actos, atitudes e práticas religiosas. Talvez até pensassem que o melhor era construirem um novo Convento à altura das reais necessidades de se reunirem em colégios alargados, como se tratasse de um concílio à escala provincial.
E com uma guerra em Portugal, desconhecendo-se o tempo de duração, um convento novo e maior ofereceria outras condições de albergue de frades que a ele se dirigissem pedindo abrigo. Talvez tenha sido essa também a intenção de se iniciarem as obras de construção desse novo Convento, paredes potentes e de aspecto a englobar amplos espaços; que ainda hoje se podem discortinar das ruínas que lá estão no cume da Serra de Montejunto, talvez até numa posição de fronteira entre os concelhos de Alenquer e do Cadaval.
Como, porém, a guerra não se eternizou, e foi até breve, outras perspectivas despontaram no horizonte e talvez, provavelmente, esse facto de a paz ter voltado, originasse a desmobilização de muitos frades nos trabalhos de estudo de uma Reforma, que não se chegou a fazer, e por consequência disso, as obras do Convento que estava em marcha, pararam, para não mais serem retomadas.
Voltaram-se, cremos nós, os frades, para o caminho de descida da Serra ao encontro das comunidades, nas vilas, aldeias e cidades. Há ainda, porém, um outro acontecimento, que alegadamente, o marquês de Pombal denuncia de conspiração religiosa dirigida ou com a participação de frades da Reforma de Montejunto.
Ou seria um contra-ataque à área de domínio do marquês, como retaliação à perseguição aos jesuítas e à quebra de poderes eclesiásticos que a accção do marquês fazia despontar ? Parece, segundo Francisco Câncio, que o conde da Carnota possuiu cópia de uma carta do marquês de Pombal, de 30 de Março de 1765, que inseriu nas Memórias do Marquês de Pombal.
Essa carta, deste Marquês, a dado passo, diz: acabamos, felizmente, de descobrir uma conjuração que não nos levava a menos do que uma conspiração, debaixo do pretexto de religião, começada e dirigida pelo Geral da Ordem dos Dominicanos Espanhóis, de combinação com o Geral dos Jesuítas, ambos patrocinados e protegidos pela Côrte de Madrid ; e menciona o caso em questão: fez o referido Geral, por intermédio de um frade dominicano e por alguns outros conhecidos em Portugal pelo título de Reforma da serra de Montejunto, passar algumas cartas cheias de máximas que nós eramos hereges, ímpios e profanadores do Santíssimo Sacramento e que para bem e apoio da Religião era mister vingar o Santíssimo Sacramento ofendido pelos profanadores e pelos ímpios.
Essas cartas teriam chegado às mãos dos bispos e estava combinado abrir-se todas as igrejas de Lisboa e tocar sinos entre as 8 e 9 horas da manhã do dia 25 de Março de 1765, para congregar o povo que o exortariam a vingar o Santíssimo Sacramento contra os sacrilégios e contra os heréticos.
Parece que os vereadores de Lisboa conheceram esta conjuração quatro dias antes e avisado o Provincial dominicano que pelos vistos não tomava parte na agitação, esta conjura foi abortada, tendo ficado conhecida por a conspiração da Reforma de Montejunto.
Talvez que uma vez gorada esta conspiração, deixou de ter razão fazer-se a Reforma da serra de Montejunto, e anulados os objectivos, foram cancelados os trabalhos de obras de pedreiro para construir o Convento da Reforma de Montejunto. Não teria, este trama, contribuído para uma progressiva ordem nova de extinção das Ordens Religiosas, em 1834?
Fontes: História de Portugal, de Joaquim Veríssimo Serrão - Ribatejo Histórico e Monumental, de Francisco Câncio - 1938
Lendas
A tradição oral do concelho está recheada de histórias e crenças. Uma das que mais se destacam é a crença profunda de que a serra é oca e que o mar entra por ela dentro, o que deu origem a várias lendas como, por exemplo, aquela em que se conta que o lago nas imediações do quartel não tem fundo e, por isso, nunca seca.
Também as lendas das mouras encantadas são merecedoras de grande destaque, conta-se que estas habitam a serra há vários séculos, nas grutas e algares, e que oferecem ouro em troca de dádivas de leite. Para além das já referidas, importa referir a crença na existência de lobisomens e animais agourentos, assim como a crença de que existem tesouros perdidos na serra.
Por último, não pode deixar de ser feita menção ao facto de, nos dias que correm, a Serra de Montejunto ser considerada por muitos a Serra-Mãe sagrada e santuário da caça e dos pastores.
LENDA DO SINO DE OURO – ALGUBER
Segundo a tradição, a Infanta D. Maria, filha do Rei D. João III e esposa de Filipe II de Espanha, I de Portugal, padecia de uma doença e passou pela aldeia de Alguber em busca da cura para o seu mal. Devota à Senhora de Todo o Mundo, invocava-a nas suas preces com a esperança de sarar as suas maleitas de saúde e convencida que só um milagre a curaria.
Para mostrar a sua veneração decidiu restaurar a imagem da dita santa, que já se encontrava em mau estado e para demonstrar toda a sua devoção iniciou uma novena. O milagre concretizou-se e a Infanta livrou-se do mal que suportava e em agradecimento pelo prodígio ocorrido pediu ao seu pai El Rei D. João III que mandasse erguer uma ermida no cume da serra, dedicada a Nossa Senhora de Todo o Mundo e na qual seria colocado um sino de ouro na torre da capela.
Esta Santa deu o nome à serra e o rei não só concedeu o pedido como em 1549 atribuiu a Alguber a autonomia administrativa. Entretanto quando ocorreram as invasões francesas, esta capela foi destruída e um grupo de habitantes com receio que o sino fosse roubado pelos franceses, subiram a encosta da serra durante a noite para o esconderem.
Segundo alguns relatos o sino está debaixo das ruínas da capela, contudo há quem tenha atribuído a esta Serra o nome de Serra mal arrecadada devido a outra versão que relata que junto do sino de ouro existem mais dois sinos, um de prata e outro de peste, motivo pelo qual ninguém procura os sinos com temor de encontrar o da peste. O paradeiro deste sino os tão misterioso foi levado pelo vento das palavras passadas de pais para filhos estando hoje em parte incerta.
Para além do segredo da localização do sino de ouro, é de referir que depois da destruição, também sucederam acontecimentos estranhos, quando o padre resolveu levar a imagem da Santa para a igreja do Landal freguesia do Concelho de Caldas da Rainha mas por diversas vezes, a Santa desaparecia da Igreja e aparecia na capela em ruínas. Então, passaram a transportar a Santa em procissão da capela em ruínas para a igreja do Landal, onde ainda hoje se encontra.
LENDAS DO CONCELHO DO CADAVAL
Na Serra de Montejunto, abundam os relatos de cobras que roubam leite, por vezes com a conivência dos pastores, mas quase sempre contra a vontade destes que veem o leite de um animal do rebanho que guardam desaparecer misteriosamente assim como contra a vontade das mulheres aleitantes, em casas das quais entram sorrateiramente de noite, chupando-lhes o leite que devia ser destinado à criança que amamentam.
As tradições orais das aldeias de Dagorda e Vermelha partilham a mesma Moura que se diz habitar a mina de uma nascente, a Fonte da Moura na borda da estrada que liga ambas as povoações. Também no Painho existe uma fonte, com o mesmo nome daquela, cuja construção se atribui a uma moura que nela habitava, e da água que dela brota se diz que em tempos, quando grassava uma epidemia na povoação, era a única que, pela sua pureza, podia ser bebida.
Como a Moura Encantada e o Lobisomem, a Bruxa está também sujeita a um fado, crendo-se nas povoações do Montejunto que nasce com esse destino a última de sete filhas consecutivas, afirma-se que é a sétima de sete filhas ou é bruxa ou é benta, isto é tem poderes curativos, sendo este destino contrariado se receber como madrinha a irmã mais velha e o nome Maria.
CAPELA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA, EM SOBRENA
Consta que foi na Sobrena que D. Leonor iniciou a sua famosa relação amorosa com o Conde Andeiro. E terá sido na Capela de Nossa Senhora da Graça mandada construir por D. Fernando, a seu pedido, que sob a nave central, ao nível do piso térreo, foram sepultados o conde Andeiro, então assassinado por D. João Mestre de Avis, e o Conde de Barcelos, embora já não sejam legíveis as inscrições nas sepulturas, apagadas pela entrada dos fiéis naquela Capela.
Reza a tradição oral que o nome da aldeia de Sobrena lhe foi atribuído pela Rainha D. Leonor Teles, casada com o Rei D. Fernando I. Como é sabido D. Leonor havia sido casada com um fidalgo e embora D. Fernando tenha conseguido a sua anulação por Roma, o seu casamento com D. Leonor não agradou ao povo, suscitando uma onda de revoltas, durante as quais esta repousou, quer no Peral na casa 4º. Conde de Barcelos a quem seu marido concedeu uma doação no ano de 1371, quer na Sobrena, ou ainda nas Quintas de Santo António e de Vale Vilão.
A Montanha Jurássica I Montejunto - miradouros e grutas
Este é um percurso em demanda da geologia e da paisagem. Em busca do planeta e não das obras do homem; por isso não me vou deter em descrições da Fábrica de Gelo ou do Convento Dominicano, dos quais aliás já deixei algumas notas em outro percurso da CM de Alenquer.
Vou sim render-me à beleza das vistas que se contemplam dos miradouros, ou à surpresa das esculturas calcárias que recheiam o interior das grutas. Baseei o planeamento do trilho combinando informação e troços de outros trilhos publicados pelo Carlos Aguiar, Andes Sem Parar, Pedro Beja, rapariga caminhante... mas depois de o ter feito encontrei num trilho de geocaching do Ruijsduarte as coordenadas de uma gruta que poderia ter incluído no meu trajecto com apenas mais uns 2 km de extensão total.
Incluo na descrição esse waypoint e os pontos e desvio e retorno no meu track - mas de facto não fui lá, e desconheço por isso o estado dos caminhos ou se o acesso à gruta é fácil. Julgo saber que há que respeitar o facto de albergar a mais importante colónia de morcegos da região. No que toca ao trajecto que aqui publico, há estradões, caminhos florestais, trilhos de pé posto.
Estes, em algumas zonas, estavam bem apertados entre carrasco e silvas mas, pelo menos neste final de Maio de 2022 passava-se bem sem muita ginástica. Como sempre fica primeiro a descrição do percurso e depois informações adicionais sobre os pontos notáveis. E sempre a nota de que links embebidos no texto, formatações do texto, e fotografias intercaladas no mesmo não são visíveis na app android, mas sim e apenas em browser.
Deixamos o carro estacionado na área de parking próxima do Parque de Campismo Rural da Serra de Montejunto e seguimos o trilho, no sentido dos ponteiros do relógio. em poucos metros já estamos a passar no primeiro ponto associado à geologia cársica da Serra, a Lagoa de Montejunto. Mais adiante tomamos um trilho estreito, entre as árvores, o primeiro vestígio que pisamos da Calçada dos Frades.
A Calçada foi construída no início do Século XVIII para servir a construção e o uso do Convento de Nossa Senhora das Neves da Ordem dos Dominicanos. Por aqui transitaram os materiais de construção, como as pedras, cantarias, tijolos, telhas e os materiais decorativos. Também os víveres para os trabalhadores e depois para os frades dominicanos eram transportados na calçada que terminava na porta de um pátio exterior murado.
Mais tarde foram os romeiros à Capela de Nossa Senhora das Neves que por ela seguiram, tal como nó o vamos fazer. E vamos descobrir que o troço mais bem conservado nos aparece depois de passar a estrada alcatroada afinal a responsável pelo abandono da calçada. Em breve estamos a passar nas ruínas do convento Dominicano e no que resta do início da construção do convento novo, a capela de S. João Baptista, e, claro, a capela de Nossa Senhora das Neves.
Vamos descer agora pelo asfalto só até uma curva à direita, aí abandonamos a estrada em troca de um trilho sobre o típico terreno cársico em que vamos sendo contemplados com amplas e bonitas vistas para poente. Mais abaixo deixamos este caminho para tomar um trilho estreito que no início quase volta para trás, e que nos vais colocar cá em baixo no asfalto da Rua de Montejunto.
É só por poucos metros, e saímos às esquerda por uma caminho e logo à direita por um trilho pouco visível, o primeiro em que vamos avançar com cuidado, há silvas e carrascos, e os movimentos bruscos são sempre penalizados, experimente avançar sem lutar com as plantas, legítimas donas do espaço, e, tal como nós, terminará o dia sem um único risco vermelho.
Vamos agora seguir para NE, acabamos por descer a um barranco para subir empinadamente do outro lado, atingindo de novo o asfalto, na vertente em que a estrada desce à Pragança. Agora há que seguir a estrada por uma centena de metros, para alcançar, na curva, o Miradouro da Salvé Raínha.
Contemplamos as vistas, fizemos fotos, mas não nos detivemos, há sempre gente a chegar e a partir, é um local muito convidativo para quem passa de carro. Nós teremos oportunidade de ver o mesmo cenário um pouco mais acima... Tomamos o asfalto de volta para trás, seguindo como mandam as regras pelo lado esquerdo, que, além de seguro, nos vai mostrar, 200 metros mais acima, a inesperada gruta da Salvé Raínha, onde penetramos pela estreita fenda.
Feita a visita continuamos pelo asfalto, só saindo mais acima, à esquerda, atravessando uma zona ervosa até atingir um estradão, onde seguimos novamente à esquerda. Um pouco depois saímos à esquerda por um caminho de dois rodados que leva até ao moínho do Moloiço.
Construído no séc. XIX, entrou em estado de ruína, mas foi depois restaurado por um particular e encerrado num terreno vedado, apenas podemos constatar a beleza das vistas nesta implantação afinal não há moínho de vento que não tenha belas vistas! já que aquele ponto, a 555 metros de altitude e sobranceiro à Penha da Boa Vista, tem espectaculares vistas sobre o Anfiteatro de Pragança.
Retomamos o caminho de dois rodados que nos leva até à borda da falésia calcária desta serra, que desce aqui abruptamente para a falha de Pragança. E é aqui que tomamos um trilho de pé posto que segue aos ss até atingir o estradão que trazíamos inicialmente; pelo trilho vamos observando muita pedra solta e formações tipo lapiás em que o topo da montanha com os seus extremos de temperatura é fértil, e na verdade já estamos lá, um pouco depois: a Penha do Meio Dia
Aqui é o ponto mais alto de onde poderemos olhar lá em baixo a zona de Pragança; por trás do edifício de vigilância e equipamento radioeléctrico fica o marco Geodésico da Penha do Meio Dia 573.88 m, assente num promontório de lapiás. E na verdade já passa do meio dia, mas ainda há muito quilómetro para fazer, decidimos adiar o almoço.
Voltamos para trás uns metros, para tomar um trilho de pé posto sinuoso, que segue planalto adiante e depois desemboca em caminhos de dois rodados, que mais adiante abandonamos para seguir à esquerda um trilho de pé posto. Alguém que possui um campo de qualquer cultura secreta lá no meio da serra colocou à entrada um sinal pintado em madeira de perigo de queda e mais lá para baixo, já o trilho passou a caminho, há um desvio à esquerda nós vamos seguir em frente onde o mesmo alguém colocou umas pedras a barrar e um sinal de caminho sem saída.
Mais abaixo o caminho desemboca num estradão florestal pelo meio do eucaliptal que vamos tomar à direita, até atingir o asfalto da já nossa conhecida estrada que sobe ao cimo da serra. Aqui seguimos à direita por uns 200 metros, e então saímos num caminho à esquerda para logo tomar um trilho pouco visível à direita.
E este é o pedaço mais exigente da caminhada: mais vegetação carrasco, bastante empinado a partir de certa altura, um trilho estreito que segue pelo meio de um belo pinhal mas que subindo ao cimo do monte nos leva cada vez mais por terreno cársico com as suas irregularidade de piso.
Chegamos lá em cima e entramos num caminho de dois rodados, nivelado mas rude, pedregoso, que mais adiante vai contornando o marco geodésico do Espigão 460 metros. Eram 14:30, tínhamos pouco mais de 11km feitos, a fome era muita. Vimos um monte de tijolos que um dia alguém trouxe para fazer um barraco... mas desistiu.
Para nós eram os bancos ideais para o piquenique que foi mesmo ali ao sol, num ponto de excelente vistas em redor mas um pouco mais adiante há uma solitária e frondosa árvore que pode proporcionar sombra. Daqui para baixo o caminho é largo e já sem pedra, cómodo de percorrer e com um bónus no final: um bosque de ciprestes, sombrio fresco e aromático. Fomos então desembocar num estradão de saibro que mais adiante trocamos por um trilho à direita, para ir à gruta de Montejunto, Montes da Terra, ou Buracos Mineiros.
Demoramos um pouco, as grutas são lindas, é sem dúvida um ponto alto nesta jornada, mas já era tarde. Regressamos ao estradão, descendo, até que tomamos um caminho florestal à direita que desce bem, mas sombrio! Vamos trocando de caminho mas sempre em ambiente florestal a a descer até que um pouco antes do asfalto atravessamos um seco e aborrecido eucaliptal, atenção para não tropeçar nos muitos ramos atravessados no caminho.
Do outro lado da estrada espera-nos um belo caminho, fresco e sombrio, com vistas lindas. Passamos a uma casa da Guarda Florestal e subimos agora por um trilho estreito, na parte final as árvores começam a rarear, mas o caminho continua agradável até que entronca num mais largo e já sem piso cársico, o Trilho da Quinta da Serra.
E agora é um instante até atingir o belo bosque onde se situa o Parque Rural de Campismo de Montejunto e o restaurante / bar. este percurso está numerado como I porque conto desenhar um II que terá como objectivo uma passagem pelos pontos notáveis da história geológica da serra, para além do prazer de caminhar e apreciar a natureza, claro.
Montejunto A duas legoas de Alenquer contra o Norte se levanta a serra que hoje chamão de Monte junto. A maior antiguidade lhe chamou Monte sacro, e tambem Monte tagro, nome que com pouca differença se conserva inda hoje no lugar de Tagarro ahi visinho. Nos a puderamos nomear por hum só monte de pedra, ou huma só pedra, antes que serra.
Porque o nome de serra compreende montes de penedias, e rochedos encadeados, e continuados com valles, e sobidas: e esta consta de huma só pedra, ou monte que igual, e juntamente crece, e sobe, em meio de terras lavradias, e por toda a parte cultivadas, e ainda que são dobradas, e de varzeas, e oiteiros entresachadas, ficão em comparação della hum campo razo. E tal vista oferecem aos olhos de quem do alto as considera.
Assim se refere Montejunto na Pimeira Parte da Historia de S. Domingos, Particular do Reino e Conquistas de Portugal, por Fr. Luis Cacegas da mesma ordem e provincia, e chronistas d'ella, reformada em estilo e ordem, e amplificada em successos, e particularidades, por Fr. Luis de Sousa, filho do Convento de Bemfica Montejunto é um colosso calcário que se ergue na planura, atingindo os 666 metros no seu topo será obra da Besta?, enquanto em volta os terrenos andam nos 180 120 metros. é de facto um relevo dominante.
Embora pertencendo a unidades geológicas muito diferentes, a verdade é que existe de facto o tal sistema Montejunto Estrela referido na metereologia, aliás Sintra Montejunto Aire Lousã Estrela, uma linha que separa o Portugal das montanhas do Portugal das planícies, o Portugal chuvoso do Portugal seco. Onde tudo começou: a Bacia Lusitânica.
Segundo a teoria da tectónica de placas e deriva dos continentes, a Pangea cindiu-se por uma linha este-oeste, por onde penetrou o mar de Tétis, separando durante o Triássico há 225-200 Ma a Laurásia da Gonduana. Depois uma fractura norte sul separou a América do Sul e América do Norte, respectivamente, da África e Eurásia, dando origem ao Atlântico.
Esta progressiva separação dos continentes, com a abertura do Atlântico de sul para norte esteve na origem da formação de um fosso ao nível da actual Península Ibérica, a tal Bacia Lusitânica que se alonga na direcção NNE-SSW desde Aveiro até Lisboa. A profundidade máxima é de cerca de 4000 metros, e a largura máxima, entre Berlengas e Santarém, é de 60 km.
Seguem-se ao longo das eras, ao longo de milhões de anos, complexos processos que estão na origem das argilas, arenitos, margas e calcários, sedimentos depositados em ambientes lacustres, fluviais e marítimos, a história é longa. Mas como vão mais tarde estes estratos formar a serra? A Serra é uma abóboda da calcários jurássicos que se eleva entre rochas detríticas jurássicas cretácicas e cenozóicas.
As placas continentais continuaram aos encontrões, e a colisão da Africana com a Euroasiática tem muito a ver com a configuração da nossa Península. Depois do afundamento da bacia Lusitânica e seu preenchimento com outras formações, a bacia e toda a península sofrem compressões horizontais.
A Bacia, passando de um regime distensivo a um regime compressivo sofre um processo de inversão tectónica em que vão acontecer episódios de cavalgamento ao longo das falhas existentes, originando dobras hoje bem patentes na serra - mas a descrição do processo é longa e especializada, os interessados poderão procurar compreender melhor numa leitura muito bem explicada e detalhada: Património Geológico da Serra de Montejunto, J. A. Crispim 2008, da Sociedade Portuguesa de Espeleologia.
Lagoa de Montejunto Os antigos pensavam que a serra era ôca e comunicava com o mar, e a esta lagoa chamaram o Ouvido do Mar. Na verdade, trata-se de uma dolina, uma depressão característica dos relevos cársticos, formada pela dissolução química das rochas calcárias abaixo da superfície. O seu aspecto é geralmente circular e apresenta pouca profundidade mas que a serra estará cheia de fendas e grutas, é verdade... Certo é que a crença de um braço de mar subterrâneo que vem desde Sintra até Montejunto, e que explicaria porque razão esta lagoa nunca seca mesmo nos estios mais duros, persistiu até aos nossos dias, tal como a de que nunca alguém conseguiu salvar um animal que lá tenha caído.
Miradouro e Gruta da Salvé Raínha Junto do Miradouro há um cruzeiro do séc. XX, que deu o nome ao miradouro. É o miradouro mais alto da Estremadura, situado a 470 metros de altitude, podendo daqui apreciar-se parte da estrutura geológica da Serra de Montejunto. Lá em baixo a Pragança, rodeada de campos agrícolas, aninhada junto do morro onde se encontram os restos do Castro de Pragança e por trás um cenário verde semeado por centenas de casas brilhando sob o sol nascente, que se estende até ao horizonte, até ao mar.
A gruta também herdou o mesmo nome, e situa-se 200 metros acima do miradouro, seguindo o asfalto. Foi descoberta acidentalmente em 1956 aquando do alargamento da estrada, e foi então estudada por Leonel Ribeiro com a colaboração de algumas pessoas do Cadaval. Constatou-se então ter sido usada como necrópole no Neolítico final e forneceu, além de ossos humanos, machados e enxós em pedra polida, lâminas em sílex, contas de colar, fragmentos de vasos cerâmicos e um vaso de boca oval, intacto.
Parte do espólio perdeu-se e desconhece-se o paradeiro de algumas das peças estudadas nos anos 70. A gruta é pequena, com uma entrada tipo fenda, oblonga e ligeiramente inclinada. Mesmo sem flash, só com a luz que penetra no pequeno espaço, conseguem-se fazer fotos. Marco geodésico da Penha do Meio Dia A 574 m de altitude, o marco geodésico assenta numa uma escarpa de falha, com excelentes vistas para ocidente.
Daqui, com atmosfera límpida, alcançam-se as Caldas da Rainha, Peniche e o farol do Cabo Carvoeiro. Mais para Norte, a Nazaré. Consegue-se ainda com sorte ver a Berlenga, situado a quase 50 km de distância, bem como os ilhéus dos Farilhões. A extremidade deste promontório onde o marco assenta é constituída por lapiás cavernoso cujo aprofundamento resultou em cristas onde não é fácil caminhar.
Também se observam algumas perfurações cilíndricas neste bloco rochoso tão selvagem e belo Gruta de Montejunto, Buracos Mineiros ou Montes de Terra Mais conhecida por Gruta dos Buracos Mineiros, tem uma profundidade de 5 mts e o seu desenvolvimento prolonga-se até aos 35 mts. A sua morfologia é constituída por uma galeria com entrada numa das extremidades e dois algares resultantes do abatimento do tecto, sensivelmente a meio e no fim da galeria. Apresenta sedimentação litoquímica intensa, mas já em fase de desagregação.
Nesta gruta foram efectuadas escavações arqueológicas, tendo sido recolhido diverso espólio. saladainquietacao.wordpress e parar finalizar... tem sempre que haver uma lenda!! Lenda da Nossa Senhora das Neves A Serra de Montejunto é conhecida localmente pelos sucessivos e persistentes nevoeiros que despertam uma atmosfera de mistério e fascínio, principalmente no imaginário dos habitantes das povoações vizinhas. São cultos, lendas e tradições passadas de geração em geração e que os mais velhos ainda contam com um olhar de mistério e fantasia.
Fonte Wikipédia