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D FERNANDO II

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Fernando II de Portugal

Fernando II foi o segundo marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, reinando entre de 1836 até 1837, altura em que tornou-se Rei de Portugal e Algarves por direito da sua esposa.

Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antónia de Koháry. Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal.

Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. Pedro V. D. Maria morre em 1853 e Fernando serve assim como regente de D. Pedro até 1855.

Ele evitou envolver-se na política, deixando sempre os assuntos de estado para a sua esposa. Como amante das belas artes, focou-se durante toda a sua vida nas artes, o que lhe valeu o apelido de "o Rei Artista".

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Biografia

Família

Foi o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e da sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Teve três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.

Durante a infância o príncipe cresceu em várias terras pertencentes à sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríaca e germânica.

Rei de Portugal

Em 1835, como D. Maria II enviuvou meses depois do seu primeiro casamento com o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana.

As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.

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A 1 de Janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, e assina o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército.

D. Fernando partiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte.

A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.

De acordo com a lei Portuguesa, enquanto marido da rainha reinante, D. Fernando só poderia receber o título de rei após o nascimento do primeiro herdeiro foi por este motivo que o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837.

Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.

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D. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores.

Após uma visita ao Mosteiro da Batalha que encontrava-se abandonado, depois das extinção das ordens religiosas, D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações à causas de cariz nacionalistas com a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só a vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém.

Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil 1859-1865.

Segundo casamento

Em 1869, D. Fernando casa-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, depois tornada Condessa d'Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem viria a deixar como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade, sendo entregue ao engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege que realizou projecto.

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Tronos grego e espanhol Em 1862, depois de uma revolta na Grécia contra o rei Oto I, D. Fernando II foi convidado a subir ao trono grego, proposta que recusou. Em 1868, com a revolução que expulsou a rainha Isabel II da Espanha e toda a sua família, e o governo provisório espanhol, não se desejando estabelecer uma república, ofereceram a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos, proposta que D. Fernando também rejeitou.

Morte

Pouco antes da sua morte D. Fernando começou a sofrer a dolorosa enfermidade a que não resistiu, o seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

FONTE WIKIPÉDIA

 

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