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CIDADE DE CHAVES

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CHAVES

Chaves é uma cidade portuguesa do Distrito de Vila Real, Região Norte, sub-região do Alto Tâmega, com cerca de 18 500 habitantes no seu perímetro urbano , sendo por isso a segunda maior cidade do Distrito de Vila Real.

É sede de um município com 591,23 km² de área e 41 243 habitantes, subdividido em 39 freguesias.

O município é limitado a norte pela Espanha, a leste pelo município de Vinhais, a sudeste por Valpaços, a sudoeste por Vila Pouca de Aguiar e a oeste por Boticas e Montalegre.

Como principais vias de acesso apresenta a EN103começa em Neiva, perto de Viana do Castelo, onde entronca com a EN13, e prolonga-se por uma paisagem multifacetada pelo Este do Alto Minho, e por toda a zona Norte de Trás-os-Montes, passando por localidades como Braga, Chaves, Vinhais, até acabar em Bragança e a A24 Chaves-Viseu.

Apresenta também uma zona industrial com várias empresas de destaque regional.

Pode-se afirmar que é uma cidade empreendedora pois, a nível de turismo, apresenta casas de turismo rural e bons restaurantes para os grandes apreciadores de gastronomia Transmontana.

A presença humana na região do concelho remontam ao Paleolítico, conforme inúmeros testemunhos de Mairos, Pastoria e de São Lourenço, dentre outros locais, e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega.

À época da invasão romana da península Ibérica, os romanos instalaram-se no vale do rio Tâmega, onde hoje se ergue a cidade e, construíram fortificações pela periferia, aproveitando alguns dos castros existentes.

Para defesa do aglomerado populacional foram erguidas muralhas e, para a travessia do rio, construíram a ponte de Trajano.

Fomentaram o uso das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários Termais, exploraram minérios, com destaque para filões auríferos, e outros recursos naturais.

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Tal era a importância desse núcleo urbano, que foi elevado à categoria de Município no ano 79 d.C. quando dominava Tito Flávio Vespasiano, o primeiro capit da família Flávia.

Daqui advém a antiga designação Aquae Flaviae da actual cidade de Chaves, bem como o seu gentílico flaviense.

Calcula-se pelos vestígios encontrados que o núcleo e centro cívico da cidade se situava no alto envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz.

Ainda hoje lembra a traça romana, com o Fórum, o Capitólio e o Decúmanus, que seria a rua Direita.

Foi nessa área que foram e ainda são 2006 encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos, expostos no Museu da Região Flaviense, como o caso de uma lápide alusiva a um combate de gladiadores.

O auge da dominação romana verificou-se até ao início do Século III, aquando da chegada gradual dos vulgarmente apelidados bárbaros.

Eram eles os Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu e que puseram termo à colonização romana.

As guerras entre Remismundo e Frumário, na disputa do direito ao trono, tiveram como consequência a quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão de Idácio, notável Bispo de Chaves.

O domínio bárbaro durou até que os mouros, oriundos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do Século VIII.

Nestas épocas,aqui tinha sede o bispado flaviense,cujo bispo mais notável foi Idácio,célebre escritor e que muito deixou de informação acerca dos Suevos.

Com os árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo, o que causou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas a noroeste, com inevitáveis destruições.

As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI. A cidade começou por ser reconquistada aos mouros no século IX, por D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente.

Porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas.

Já aqui prosperava uma importante Judiaria,cuja Sinagoga se situava num edifício entre a Travessa da Rua Direita,e a Rua 25 de Abril,onde se lê em antiga inscrição na soleira da porta o nome "Salomão".

O edifício existe,de grande portal encoberto e em degradação aqui chamado "casa de rebuçados da espanhola", em lugar cimeiro do típico casario das "muralhas novas".

Foi então por volta de 1160 que Chaves integra o país, que já era Portugal, com a participação dos lendários Ruy Lopes e Garcia Lopes, tão intimamente ligados à história da terra.

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Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de protecção D. Dinis 1279-1325, mandou levantar o castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia.

Cenário de vários episódios bélicos no século XIX celebra a 20 de Setembro de 1837, a Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, que pôs termo à revolta Cartista de 1837, ou revolta dos marechais.

Neste concelho, na freguesia de Calvão, aconteceram várias aparições Marianas na década de 1830, foi aí construído o Santuário da Senhora Aparecida.

A 8 de julho de 1912 travou-se um combate entre as forças monárquicas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 2.ª incursão monárquica.

Os intervenientes republicanos desse combate foram homenageados na toponímia de Lisboa, com a designação de uma avenida, a Avenida Defensores de Chaves, entre a Avenida Casal Ribeiro e o Campo Pequeno.

A 12 de março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.

TEXTO WIKIPÉDIA

 

 

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